Ontem, em partida da Copa Libertadores, o jogador Tinga, do
Cruzeiro, foi vítima de preconceito por parte de alguns torcedores peruanos do
Real Garcilaso, que imitavam o som de macaco a cada toque na bola do jogador
brasileiro.
É tão constrangedora quanto abjeta tal reação, assim como
são todas as manifestações discriminatórias. O mais incompreensível
é que a ação foi protagonizada por pessoas que habitam a região que outrora foi
a sede do Império Inca, povo igualmente vítima de racismo do colonizador
europeu.
Como torcedor, eu teria aprovado a ideia mais sensata: os
atletas cruzeirenses deveriam ter se reunido, logo após a primeira
manifestação, e abandonado a partida. Ainda que o clube fosse decretado
derrotado, sofresse sanções da Conmebol e de seus patrocinadores, o que estava
em questão era algo muito mais profundo e pontual. Danem-se os três pontos, a
luta pelo título, as emissoras de TV que transmitiam o jogo.
Fora isso, eu manteria o clube peruano com os três pontos do
jogo de ontem (o Real Garcilaso venceu por 2x1) e excluiria imediatamente o
time desta competição e de todas as outras organizadas pela Confederação
Sul-Americana de Futebol pelos próximos cinco anos.
Não acredito numa punição desta dimensão por parte da
Conmebol. Não creio numa posição enérgica da CBF para que isso aconteça. É
provável que tenhamos mais disso nos campos de lá e de cá.
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