Religião e
Política. Escrevi sobre isso nesta semana, como vejo a mistura dessas duas
instituições que, até o advento da República, eram indissociáveis. Tudo parece
regredir. Haddad vai à missa, Serra recebe apoio de Malafaia. Não há a
preocupação em aperfeiçoar o espírito. São só interesses, seja do lado
partidário, seja do time cristão.
Acho que Serra
passou do tempo e o governo do PSDB não é dos meus favoritos, pois restritivo,
contrariando a essência da política.
Haddad concebeu a proeza de falhar em dois ENEM's seguidos, como ministro da
Educação. Não legislo por ninguém.
Sou contrário às
religiões, pois acho que todas têm um vínculo muito humano, como é natural ser,
e mais distorcem do que esclarecem uma definição sobre Deus, um estreitamento
do contato espiritual entre homem e divindade. Ora por má fé, ora por limitação
inerente, falham na missão que, reconheço, é árdua, de tornar racionalmente lógico
aquilo que não se pode ver ou tocar.
Nesse jogo entre
política e religião, alguns evangélicos parecem exceder mais, e digo isso mesmo
tendo amigos, alunos e minha querida Giovanna como pessoas pouco ou muito
alinhadas às nomenclaturas pentecostais.
Ouvir o pastor
Silas Malafaia chamar Haddad – ou seja lá quem for – de preconceituoso é de uma
hipocrisia abissal, comparada ao período conduzido com arreio, chicote e fogo
pelo catolicismo. Só falta a Malafaia, por exemplo, entender que
homossexualidade não é pecado, porque ninguém peca por não ter controle sobre
suas escolhas, por amar de modo a infringir um falso código moral de um
grupelho, por querer alguém, naturalmente.
O pastor tem a
sua igreja, programas na TV, mas não se contenta com "só tudo isso".
Não me surpreenderia vê-lo candidato em 2014 ou 16. Como se não bastasse todo
esse repertório, o dedo em riste é corriqueiro. Só para emaranhar ainda mais
política e religião e comprovar o conservadorismo de ambas e da sociedade
brasileira.
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