domingo, 12 de janeiro de 2014

O MEU DIÁLOGO COM UM OUTRO: da crença em Deus


Ele: Você acredita em Deus?

Eu: Sim.

Ele: Mas você tem certeza de que Ele existe?

Eu: É evidente que não.

Ele: Mas, então?

Eu: Então, é isso. Aquilo que é certo existir, fruto das minhas inferências racionais, não merece de mim nada mais do que minhas certezas. Uma mesa é uma mesa, e eu não creio que ela exista, pois é ponto pacífico que ela está ali, já que a vemos e podemos tocá-la. Não há complexidade nisso. Há a existência simplória de algo.

Ele: E quanto a Deus?

Eu: É o que não podemos ver, tocar, cheirar, ouvir, enfim, é aquilo que nos escapa aos sentidos. Ver, eu vejo a mim e a ti, pois tu e eu somos banais, nada mais. Deus, não. Ele está no âmbito da fé, e pressupõe algo maior: sabê-lo à nossa volta, ainda que nenhuma prova concreta nos leve a Ele. É uma outra instância, a mais laboriosa de todas com a qual o homem se defronta.

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